segunda-feira, 4 de julho de 2016

I Campeonato Brasileiro de karate unificado

** Fotos por Daniel Ferrentini





























Aconteceu, nos dias 02 e 03 de julho, na cidade de São paulo, SP o I campeonato brasileiro de karate unificado.

Na tentativa de criar uma organização única, que abrigue competições de karate em três diferentes regras, foi realizado pela UBK o o campeonato unificado. O objetivo final é o de entrar na olimpíadas.

A organização do evento foi impecável. Ao mesmo tempo, ocorriam disputas de karate geral (pontos múltiplos e divisão por peso), karate Tradicional (dois wazari ou um ipon, sem divisão de peso) e karate de contato (vitória por nocaute ou decisão)

No karate Tradicional, aconteceu a Copa Brasil, evento-teste onde alguns dos melhores atletas do Brasil se enfrentaram.

O atleta-revelação e grande campeão do kumite individual foi Matheus Cirillo (SP), atual campeão paulista JKA e que estreará pela Seleção Brasileira JKA no sulamericano de setembro, no Chile.
Na final, Matheus venceu o destaque da competição: Jean Laure (PR).
O paranaense já tinha vencido no fuku-go (disputas alternadas de kata e kumite), e, mais tarde, liderou a equipe paranaense rumo ao título de kumite por equipes.
Mas no individual, o jovem Matheus soube impor melhor o seu jogo.

Que esse tenha sido o primeiro de muitos eventos de um karate unificado. Isso é o que o karate mais precisa no momento: união.

OSS!

** Texto com a colaboração de Ary Arsolino

Em breve , fotos do evento, tiradas por Daniel Ferrentini.
OSS!



sexta-feira, 1 de julho de 2016

Quando todo mundo é campeão...


No início, o karate era o máximo. Chegar à faixa preta, era uma missão dificílima, um feito alcançado por uns poucos, que trilhavam um caminho duríssimo durante anos.
Com a popularização da arte marcial, professores picaretas começaram a se reproduzir em escala industrial, de olho em um mercado onde podiam ganhar muito dinheiro dando aulas e, principalmente, distribuindo faixas e graduações.
Com isso, ser faixa preta de karate passou a ser comum. Com o nível técnico dos faixa preta despencando, nossa arte marcial passou a ser considerada fraca. Ser faixa preta de karate não significava mais nada.

Certa vez, ouvi de um profissional de MMA dos Estados Unidos a seguinte frase: " Aqui nos Estados Unidos, você encontra meia dúzia de faixas pretas de karate em cada esquina..."

Restavam as competições, onde separava-se o joio do trigo: os picaretas não tinham vez, porque tinham que enfrentar atletas do quilate de Ronaldo Carlos, Ugo Arrigone, Denílson Caribé, entre outros. Internacionalmente, os campeões eram Tanaka, Yahara, Kagawa, Frank Brennan...

Nesse meio, impossível alguém fraco se sobressair.
Ser campeão de karate ainda significava alguma coisa.

Mas até isso conseguiram estragar...

Atualmente, são tantas as divisões, tantas as federações e organizações, que todo mundo começou a ser campeão. Se não consegue ser campeão em uma federação, basta ir para outra e tentar lá.
Essa parece ser a filosofia de muitos atletas.
Vejo se perderem os valores reais da arte marcial e até do esporte como um todo. A vontade de ser campeão pelo título em si, pela medalha, é mais forte do que a ideologia de realmente ser o melhor naquele meio onde você considera que estão os melhores.

Claro que há exceções. São aqueles atletas que buscam o título que consideram o mais difícil; aqueles que lutam contra os adversários que consideram mais fortes.

Mas, repito: em tempos de tantas organizações, como separar os melhores lutadores?


Quando todo mundo é campeão, ninguém é campeão...
OSS.